O verão chega e eu sinto uma alegria imensa. O corpo se expande, o prazer de mostrar-se, de ser essa sua versão expandida é maravilhosa!
É hora de olhar para si e gostar do que vê, de buscar o novo, de conhecer pessoas, lugares novos, viajar para dentro e também para lugares diversos!
Mas curioso como parece que essa expansão traz vergonha. Vergonha de se mostrar, de ser quem se é…
Então, vamos falar sobre a vergonha…
A vergonha leva algum tempo para ser construída e cultiva um ciclo de angústia que inibe as pessoas de serem capazes de viver uma vida estável e saudável.
Ela é uma emoção conhecida de todos e é extremamente destrutiva. O que torna a vergonha um sentimento tão danoso é que ela tende a existir sem qualquer propósito real. Quando sentimos vergonha, acionamos um alerta interno e abrimos as portas de um outro lugar escuro dentro de nós, onde habita a culpa….
A vergonha carrega consigo o sentimento de inadequação. O corpo, o pensamento, a ação… onde quer que a vergonha atue, ela altera e prejudica a autoimagem. O foco único torna-se o defeito, o erro, e se só vemos o que parece errado, vamos nos afastando do amor, passamos a nos sentir inapropriados e, consequentemente, indignos de amor.
Mas o que a culpa tem a ver com a vergonha?
A vergonha é uma emoção consciente. A culpa foi aprendida com os mais velhos, com nossos guias e tutores na vida. A culpa vem questionando sobre uma ação ou comportamento passado e realçando o negativo disso. Repare se você não sente culpa por algo que era imperativo em sua casa quando pequeno e que você não está seguindo ou escorregou e não está seguindo ao pé da letra…
Tá vendo porquê quando você se envergonha você se fecha no quarto escuro e abraça a culpa? De alguma maneira o que a vergonha chama é a autopunição. Mas isso você já sabia. No quarto escuro, abraçado(a) com a culpa e olhando pra vergonha… tá na cara que a autopunição lhe dominou…
Mas é possível não ser dominada pela vergonha?
A primeira dica é:
– a vergonha chegou, desfoque: leia um livro, ouça uma boa música, assista algo, pense em outra coisa
Mas você pode seguir outros caminhos como suporte:
– identifique de que jeito sua maneira de pensar, o padrão do seu pensamento está lhe levando direto pra vergonha..
– busque ajuda: terapia é sempre bom… seja ela corporal, floral, analítica…
– seja compassivo(a) com você mesmo(a)
– se acolha
– contenha a autocrítica
– conheça seus gatilhos
Sabe por quê terapia corporal é tão boa?
Porquê aumenta a sua autoconfiança, aciona a calma dentro de você e faz seu corpo liberar oxitocina. Oxitocina é um hormônio que a mulher libera no momento do parto para instigar a conexão com a cria que acabou de chegar. Então, imagine você inundado de autocompaixão e bondade, amor e empatia consigo mesmo.
Agora imagine isso no verão, no calor, seu corpo inteiro expandido para o amor!
Só aí já dá para respirar aliviado, né?
