Caminhava outro dia pelo centro da cidade(bem antes da pandemia). Gosto de andar de ônibus às vezes, creio que é uma boa maneira de ver as coisas de uma outra forma e não passar pelas pessoas, mas sim se encontrar com elas! Decidi pegar o transporte público e descer no centro. Nossa, como fazia tempo que não passava por ali, era quase como se aquela parte da cidade não mais existisse no meu mapa da cidade, era como se ela estivesse morta. Foi neste instante que uma ideia me assaltou, era assim também com meu corpo, havia partes em mim, que de tanto não ir, acabei por esquecer. Sei que ela existe, mas já não passeio por ali… Revisitar o conhecido é quase ver o velho com outros olhos, com novos olhos. E, foi pensando nisto que me senti invadida por uma alegria, que só quem viveu o reencontro de um velho conhecido que lhe traz boas memórias, pode sentir. E hoje, apesar de sentir uma vontade grande, deixarei o texto assim mesmo, sem estar realmente terminado, porque creio que as explorações de nós mesmos, das cidades, dos tesouros, dos fósseis, sejam mesmo assim, sem fim.